segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A coca-cola e a Igreja Católica



Taí duas coisas que se pode fazer em quase qualquer lugar do mundo: beber uma coca-cola (nem sempre gelada, è claro) e rezar para o Deus nosso senhor, pai de Jesus Cristo.

É incrível o quanto as duas instituicoes sao onipresentes desse nosso mundo moderno. Estava eu, no meio do nada, dentro de lugar algum, num dos mais remotos campos de acampamento do Vale do Colca, e tinha lá uma vendinha que vendia coca-cola e uma pequena igreja com a imagem de Jesus Cristo crucificado. Nunca estamos só.

Eu como um cristao devoto e um viciado em coca-cola Light nao poderia deixar de fazer esse registro. Tenho minhas dúvidas quanto a generosidade para com a humanidade das duas coisas, mas nao vou ficar aquí tecendo consideracoes errantes sobre o quanto a vida no occidente é marcada pela coca e pelo cristianismo.

Quanto a Deus, bem ele existe, eu acho. Bom, prefiro acreditar nisso. E tenho severas dúvidas se Ele aprova lá de cima os rumos que a sua Igreja tomou. Portanto, esse papo de negar o cristianismo pelas cruzadas, pelas millhares de terras que acumulou em todos países do mundo ao longo da história, para mim e babela. Encaremos os fatos: se as pessoas levassem a sério os 10 mandamentos estaríamos melhores do que estamos hoje. Ineglabe! E quem disse que Deus aprovaria todos os desmandos que os HOMENS fizeram em seu Nome, ao longo da história? Agora, que Ele anda meio desorganizado, ah ele anda. A notar pelo que acontece no Haiti. Nao bastando ser um dos países mais desgracadamente pobres da América, vem um terremoto e sacode o país como um par de meias em uma máquina de lavar. Também, deve ter trabalho lá em cima, heinhô.

Já a Coca-cola, bem é complicado. Uns dizem que é o símbolo maior do capitalismo opulento opressor dos povos e a causa de todas as mazelas do mundo. Eu tomo a minha coca-cola sem culpa. Aliás, A coca-cola tem tanta culpa na exploracao da mao de obra, no aprofundamento do abismo entre as classes sociais quanto a AMBEV. Mas a AMBEV, os revolucionarios nao criticam.

Na falta de charutos há de se ter, ao menos, uma cervejinha para brindar a revolucao.

Um comentário:

  1. Li, gostei.. bela comparação! Adorei o jeito que tu escreve... Logo, logo leio as demaissss!
    Beijoos

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