aqui nos altos-baixos das minhas 26 primaveras recém conclusas, um agradecer interminável a todos os queridxs amigxs que gastaram um cantinho de dia pra vir aqui me desejar carinhos e felicidades me suspendendo um pouquinho para além do tempo em memórias queridas e momenteiras que fizeram e fazem dessa vida algo um tantinho mais entendível;
obrigado aos amigos de sempre por não me abandonarem nunca, apesar de mim e de todas minhas ausências, rigores, reclusões, maluqícias e bizarrices às brutas;
obrigado aos amigos de esquerda, socialistas, comunistas, anarquistas, por terem me iniciado nesse pensar-desconfiado que não é mais que um miúdo de astúcia desse sonhar por primavera fictícia, de um mundo menos triste, menos sombrio, menos arredio;
obrigado aos amigos de direita por me mostrarem que é possível pensar outramente e ter boas razões pra tanto; por demasiar em mim o amor à diferença, tão difícil, e abraçar com compaixão tudo que escapa do razoável, comum que é espelho, que é narciso, que é torto, que é mesmície;
obrigado aos amigos da natação pelas horas de sofrimento e superação e por me mostrarem que o corpo a próprio mesmo é só esse coração bem batendo e de que o esforço na escuridão da dificuldade dá é nessa luzinha só nossa que se acende é no breu das dores e da respiração pequena, que até nos alegra de repente;
obrigado aos amigos da psico, recém-chegados, por essa felicidadezinha miúda que principia e por me ensinar que aprender não é só verbo de convencimento ou persuasão, mas também de afetos, quedas, desmedidas e transmissão;
obrigado aos amigos da letras pelos sábados interminavelmente incríveis passados na obrigação de quem só quer descobrir o mundo como um todo ser falante que sussurra enormidades, belezas e candices das mais ternas pra quem se deixa escutar pelo tempo que vai, vai, vai, enorme e sem volta..;
obrigado à família, ao pai a mãe e ao dani, por terem me feito assim desse tremer que é enraizado, inútil, tremendo, deposto; pelos dias de quatro cordas e pelas amarras de sempre, que trazem ainda e sempre, de novo e à contento, o melhor de todo esse tempo pouco;
arre, foi e é bonito ter vivido;
gracias amigos.
Fernando, além de ser prazeroso te ouvir e estar contigo, também muito me agrada te ler... que continues! Bises.
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